Vitória

R$38,00

” Nada mais bolañesco: conheci Giovanni Arceno numa oficina de literatura há uns quatro anos. Era o típico aluno caladão que ficava lá no fundo, observando tudo ao redor com certa incredulidade. Mas quando lia suas narrativas breves era como se suspendesse o tempo: suas histórias não estavam ali, nem no passado ou no futuro, estavam na realidade. E eu lembrava de outro chileno, o Alejandro Zambra, e o começo de seu livro Bonsai: “No final ela morre e ele fica sozinho. Embora na realidade ele ficou sozinho vários anos antes da morte dela, Emília. Bom, supomos que ela se chama, ou se chamava Emília, e que ele se chama, se chamava ou continua se chamando Júlio. Júlio e Emília. No final Emília morre e Júlio não morre. O resto é literatura.” Arceno escrevia e escreve equiparando vida e literatura, por isso cada página tem uma respiração própria, um pulsar. Então não me surpreendi quando me enviou Vitóriaque parte de uma gravidez indesejada para investigar as consequências de um amadurecimento forçado. Danilo e Vitória estão cercados pelo mundo, que oscila entre hostilidade e doçura como um pêndulo, e precisam carregar uma dose de esperança para aplacar a ansiedade do amanhã; mas nunca é, foi ou será fácil. Duas coisas me impressionaram neste romance de estreia: a velocidade, segura e estável da narrativa, digna de um veterano, e a fluidez. As páginas escorrem entre os dedos. E o leitor atento perceberá que nas entrelinhas há outro caminho, e que os personagens sabem que para lembrar é preciso esquecer (Blanchot). Vitória é um livro sobre as pequenas derrotas: aquelas que nos impulsionam a viver.”
(Carlos Henrique Schroeder)

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Descrição

” Nada mais bolañesco: conheci Giovanni Arceno numa oficina de literatura há uns quatro anos. Era o típico aluno caladão que ficava lá no fundo, observando tudo ao redor com certa incredulidade. Mas quando lia suas narrativas breves era como se suspendesse o tempo: suas histórias não estavam ali, nem no passado ou no futuro, estavam na realidade. E eu lembrava de outro chileno, o Alejandro Zambra, e o começo de seu livro Bonsai: “No final ela morre e ele fica sozinho. Embora na realidade ele ficou sozinho vários anos antes da morte dela, Emília. Bom, supomos que ela se chama, ou se chamava Emília, e que ele se chama, se chamava ou continua se chamando Júlio. Júlio e Emília. No final Emília morre e Júlio não morre. O resto é literatura.” Arceno escrevia e escreve equiparando vida e literatura, por isso cada página tem uma respiração própria, um pulsar. Então não me surpreendi quando me enviou Vitóriaque parte de uma gravidez indesejada para investigar as consequências de um amadurecimento forçado. Danilo e Vitória estão cercados pelo mundo, que oscila entre hostilidade e doçura como um pêndulo, e precisam carregar uma dose de esperança para aplacar a ansiedade do amanhã; mas nunca é, foi ou será fácil. Duas coisas me impressionaram neste romance de estreia: a velocidade, segura e estável da narrativa, digna de um veterano, e a fluidez. As páginas escorrem entre os dedos. E o leitor atento perceberá que nas entrelinhas há outro caminho, e que os personagens sabem que para lembrar é preciso esquecer (Blanchot). Vitória é um livro sobre as pequenas derrotas: aquelas que nos impulsionam a viver.”
(Carlos Henrique Schroeder)

Informação adicional

Peso0.23 kg
Dimensões16 × 2 × 11 cm

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