Descrição
“Trapaça tem intimidade, e esse corpo que é o poema toca no leitor aquelas memórias perdidas no cotidiano. Chega tão perto da gente que contesta a realidade, se é pra ser essa, de agora, ou aquela que já foi. O livro é uma permuta silenciosa, justa e honesta: o autor oferece suas lembranças e, em troca, o leitor revive suas próprias histórias.
Aqui seguimos por uma estrada solitária, tal qual a vida, acompanhados de pessoas que iluminam esses dias cinzentos. Encontramos o sol, o amor e o carinho do inverno. Para falar dos domingos em família, Marcelo busca as memórias mais verdadeiras, fala com a simplicidade de um amigo e quando as compartilha em poemas, agora são nossas também. Quem se lembra da Dona Miranda, do alfaiate, do rio e do pai, das saudades e das vergonhas.
Foi assim que conheci o Marcelo, num dia qualquer e um café. Mais tarde, quando lancei meu primeiro livro, me aconselhou a nunca escrever uma obra pensando em e para um alguém, esses romances. E está aí uma das trapaças do próprio autor, isso é impossível.
Um livro singular que termina com a despedida, o confronto da vida, tão real e seco quanto lâmpadas fluorescentes. Quem se lembra que estamos, nós, entregues ao desamparo, consolados pelas trapaças da vida.”
ANA PERES BATISTA
Escritora e atriz desempregada.
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